Emancipação de menor: Tipos, como funciona e quais os requisitos

Tempo de leitura: 3 min

Escrito por admin
em Março 26, 2024

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Emancipação de menor: Tipos, como funciona e quais os requisitos

A emancipação de menores é um tema jurídico de grande relevância, impactando diretamente na capacidade civil de adolescentes. No Brasil, a legislação civil estabelece diretrizes claras sobre como um menor de idade pode adquirir certos direitos e deveres típicos de um adulto, antes de atingir a maioridade legal, aos 18 anos. Neste artigo, exploraremos os tipos de emancipação, como ela funciona e quais os requisitos necessários para que seja efetivada.

Tipos de Emancipação

A emancipação pode ser classificada em três principais categorias: voluntária, legal e judicial.

  1. Emancipação Voluntária: É concedida pelos pais ou responsáveis legais do menor, por meio de escritura pública, desde que o menor tenha no mínimo 16 anos completos. Este ato é irrevogável e confere ao menor a capacidade plena para os atos da vida civil, como trabalhar, contratar, administrar seus bens, dentre outros.
  2. Emancipação Legal: Ocorre automaticamente em determinadas circunstâncias previstas em lei, sem a necessidade de um ato formal dos pais ou de uma decisão judicial. São exemplos: o casamento, o exercício de emprego público efetivo, a colação de grau em curso de ensino superior, e a existência de relação de emprego que tenha por função assegurar economia própria ao menor com 16 anos completos.
  3. Emancipação Judicial: É concedida por decisão judicial, a pedido dos pais ou do próprio menor, em casos em que se faz necessário avaliar circunstâncias particulares. Este tipo de emancipação é menos comum e geralmente ocorre quando há desentendimentos entre o menor e seus responsáveis legais, ou quando estes não podem conceder a emancipação voluntariamente.

Como Funciona

Independentemente do tipo, a emancipação confere ao menor a capacidade civil plena. Isso significa que ele passa a ter a capacidade de exercer pessoalmente todos os atos da vida civil, como assinar contratos, administrar e dispor de seus bens, e se responsabilizar por suas obrigações. No entanto, é importante notar que alguns direitos ainda permanecem restritos até a maioridade, como o direito de votar e o de dirigir veículos, que seguem legislações específicas.

Para a emancipação voluntária e judicial, é necessário um procedimento formal. No caso da voluntária, os pais ou responsáveis devem comparecer a um tabelionato de notas para lavrar a escritura pública de emancipação, que será registrada no Registro Civil das Pessoas Naturais. Na emancipação judicial, o processo deve ser iniciado por meio de uma ação judicial, com a representação de um advogado.

Requisitos

Os requisitos variam de acordo com o tipo de emancipação, mas de forma geral, destacam-se:

  • Para a Emancipação Voluntária: É preciso que o menor tenha no mínimo 16 anos completos. Os pais ou responsáveis legais devem estar em acordo e comparecer juntos ao cartório para assinar a escritura pública.
  • Para a Emancipação Legal: O menor deve se enquadrar em uma das situações previstas em lei, como casamento, emprego público efetivo, graduação em ensino superior ou sustento próprio a partir dos 16 anos.
  • Para a Emancipação Judicial: Além da necessidade de se ter pelo menos 16 anos, é preciso demonstrar a necessidade ou vantagem da emancipação, por meio de um processo judicial. Essa necessidade será avaliada pelo juiz, que decidirá sobre a concessão da emancipação.

Considerações Finais

A emancipação de menores é um instrumento jurídico importante, que permite aos adolescentes assumirem responsabilidades civis antes da maioridade legal. É uma ferramenta que promove a autonomia, mas que também exige maturidade para lidar com as consequências de seus atos.

É essencial que tanto os menores quanto seus responsáveis legais estejam bem informados sobre os direitos e deveres que acompanham a emancipação, bem como os procedimentos necessários para sua efetivação. A emancipação não deve ser vista como uma maneira de se livrar das responsabilidades parentais, mas sim como um reconhecimento da capacidade e maturidade do menor.

Como em qualquer decisão jurídica significativa, é recomendável buscar a orientação de um advogado especializado em direito civil, que poderá oferecer aconselhamento específico e ajudar a navegar pelo processo legal de emancipação, garantindo que seja feito de maneira correta e eficaz.

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